Uma tarde especial e revigorante vivida em comunhão com a natureza, no grande pulmão do concelho de Barreiro, por entre pinheiros e sobreiros, com yoga, caminhada e meditação.

Começaremos com uma aula de Yoga Vinyasa sob as copas das árvores para nos conectarmos com o nosso corpo e a natureza envolvente.

Depois, iniciaremos a nossa caminhada por passadiços e caminhos de terra e areia, com cerca de 7 km, ao longo da qual poderemos conhecer os vários pontos de interesse que se encontram na mata. Junto ao lago, a meio da caminhada, faremos uma paragem contemplativa e uma meditação dedicada ao cultivo da paz interior.

No final da caminhada teremos um breve alongamento e momento de pausa para integrar toda a energia da tarde.

Mata Nacional da Machada

A Mata Nacional da Machada é o principal espaço florestal da península do Barreiro e é um local tranquilo privilegiado para momentos de lazer e caminhadas, com diversos pontos de interesse, como um campo arqueológico, fontanários, parques de merendas e um lindíssimo lago que espelha toda a beleza da envolvente arbórea que o rodeia.

A área da mata, com 386 hectares, corresponde à propriedade constituída pelo antigo Pinhal de Vale de Zebro e pela Quinta da Machada. A Quinta da Machada pertencia ao “Convento de Nossa Senhora da Luz da Ordem de Cristo”, que, quando foram extintas as Ordens Religiosas em 1834, foi adquirida por um particular, sendo mais tarde aforada ao Estado que a anexou ao Pinhal de Vale de Zebro. 

Apresenta como espécies arbóreas dominantes o pinheiro-bravo, o pinheiro-manso e o sobreiro. Também podemos encontrar espécies mediterrânicas como o carrasco, o medronheiro, a murta e as urzes. As diferentes formações vegetais e topografia existentes permitem que a Mata constitua um habitat para diversas espécies de aves, como o chapim-azul, o abelharuco ou a águia-de-asa-redonda e a pega-azul.

Equinócio da Primavera

No equinócio da Primavera, celebrado no hemisfério norte a 21 de março, a Natureza rebenta em flor, fecunda, luminosa e cantante. É assim que deve estar a nossa alma, radiosa, pulsante e destemida. O dia agora é igual à noite, as energias yin e yang equilibram-se, estacionando momentaneamente, para que o dia aumente gradualmente. A cor é o verde, que cobre de pasto, plantas e folhas o corpo de Gaia, que procuramos caminhar mais vezes. O que está no interior flui para a dimensão da manifestação, é tempo de união, que gera fertilidade, nova vida, renascimento.

Vera Faria Leal - sacerdotisa do Sagrado Feminino